Wildgate: o shooter espacial da Moonshot Games que surpreende pela variedade e imersão em pleno beta aberto
O cenário competitivo dos jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) continua em expansão, mas poucos títulos realmente conseguem se destacar ao oferecer algo novo. Lançado em beta aberto, Wildgate é a aposta ousada da Moonshot Games, e desde suas primeiras partidas, o jogo mostra que não quer apenas competir no gênero — ele quer reinventar como os jogadores participam de uma missão espacial tática, integrando múltiplas funções, estilos de jogo e uma ambientação imersiva com combates eletrizantes.
Com uma proposta que mistura FPS com combate de naves em equipes e uma dose intensa de cooperação, Wildgate pode parecer mais um título comum à primeira vista. Mas bastam alguns minutos para perceber que ele tem um DNA próprio e surpreende em diversos aspectos — especialmente por estar completamente dublado e localizado em português do Brasil, algo raro e valioso nos lançamentos atuais.

Primeiras impressões: uma visão além do FPS
Antes de experimentar o beta aberto, havia um certo ceticismo da minha parte: seria Wildgate apenas mais um shooter genérico com estética futurista? Seria uma mistura de Valorant com Overwatch, agora em meio às estrelas? Para minha grata surpresa, a resposta é não.
Mesmo em fase de testes, o jogo se mostra robusto em conteúdo, mecânicas e identidade. A primeira partida revela mais do que tiroteios entre times: há naves para pilotar, objetivos táticos para alcançar, mecânicos de suporte, invasores furtivos e artilheiros com papéis bem definidos. Essa profundidade transforma a jogabilidade em algo bem mais rico do que a média dos FPS convencionais.
Multifuncionalidade e liberdade estratégica
Um dos grandes diferenciais de Wildgate está na forma como ele permite diversas abordagens ao combate, indo além da trindade tradicional de dano, tanque e suporte. O jogador pode:
- Ser o piloto da nave, conduzindo sua equipe por entre obstáculos letais do espaço;
- Atuar como mecânico, reforçando as defesas e consertando danos críticos;
- Assumir o papel de artilheiro, comandando o poder de fogo pesado da nave;
- Ou se aventurar como invasor, entrando em postos inimigos e roubando artefatos ou itens valiosos.
Essa pluralidade de funções promove a cooperação real e estratégica dentro da equipe. Jogar bem não é apenas mirar com precisão — é saber qual papel exercer em determinado momento e como isso impacta o sucesso coletivo.

Acessibilidade e dublagem surpreendente
Algo que me chamou especialmente a atenção foi a localização completa do jogo para o português do Brasil — menus, legendas, interface e até mesmo dublagem profissional. Isso reforça o compromisso da Moonshot Games em incluir jogadores brasileiros desde o início do projeto e valorizar esse público como parte fundamental da comunidade global.
Além de facilitar a imersão, isso também torna Wildgate mais acessível para jogadores que não têm fluência em inglês — e, convenhamos, em tempos onde até grandes estúdios deixam a dublagem de lado, esse cuidado é um acerto raro.
Visual, ambientação e ritmo de jogo
Graficamente, Wildgate apresenta um universo espacial vivo, colorido e dinâmico, com ambientes que vão desde o vácuo letal até estações orbitais densamente povoadas. Os efeitos visuais e sonoros são bem polidos, mesmo em beta, e a trilha sonora contribui para criar a tensão típica de um assalto espacial.
As batalhas são intensas, mas exigem organização. A navegação entre combates FPS e seções de voo é fluida, e o jogo alterna bem entre momentos de explosão e preparação estratégica.
Vale mencionar também que o título segue o padrão de personalização visto em jogos competitivos — há skins de personagens, visuais de armas e acessórios disponíveis, todos sem impacto direto no desempenho, mantendo o equilíbrio e afastando o temido modelo “pay to win”.
Requisitos de sistema: preparado para o espaço?
Mesmo em beta, Wildgate exige uma máquina razoavelmente atual. Abaixo estão os requisitos básicos:
Mínimos:
- SO: Windows 10 (64-bit)
- CPU: Intel Core i5-9600K ou equivalente
- Memória: 16 GB de RAM
- GPU: NVIDIA GTX 1060 / AMD RX 580
- Armazenamento: 50 GB livres
Recomendados:
- SO: Windows 11 (64-bit)
- CPU: Intel Core i7-12700K / Ryzen 7 5800X
- Memória: 32 GB de RAM
- GPU: NVIDIA RTX 3070 / AMD RX 6800 XT
- Armazenamento: SSD com pelo menos 50 GB livres
Desafios da beta e perspectivas futuras
Como se trata de um beta aberto, algumas dificuldades técnicas ainda surgem — especialmente no matchmaking, que pode demorar para formar equipes completas, dependendo do horário. Porém, essas limitações são esperadas e não comprometem a experiência geral, que já é sólida o suficiente para divertir por várias horas.
A Moonshot Games já sinalizou que o feedback da comunidade será fundamental para ajustes antes do lançamento final. Além disso, eventos futuros e atualizações de conteúdo já estão no radar, incluindo novos mapas, armas, modos e melhorias no desempenho.
Wildgate é promissor — e já oferece diversão genuína
Wildgate não está apenas testando ideias — ele já oferece uma experiência profunda e envolvente, mesmo em fase beta. Ao juntar ação em primeira pessoa, combate de naves, funções variadas e um sistema de progressão equilibrado, ele se posiciona como um dos shooters mais interessantes a surgir nos últimos tempos.
A presença de uma dublagem completa em português e o cuidado com os detalhes só reforçam que esse projeto está sendo tratado com seriedade — e que merece atenção de qualquer fã de ficção científica, estratégia e ação cooperativa.